Ontem, após alguns dias conturbados, resolvi acompanhar uma amiga a uma missa ao ar livre orientada pela comunidade de padres jesuítas do Cumn (Coimbra).
Há quem diga que o verdadeiro católico, praticante, não vai a locais de culto só quando não se sente bem ou tem problemas. Contudo, não foi essa a razão que lá me levou.
Senti a necessidade de estar em paz e sei que só a consigo quando encontro pessoas positivas e de bom coração. A tranquilidade e a capacidade de falar abertamente dos problemas que são frequentemente tabus na nossa sociedade complementam os períodos de reflexão que as missas nos proporcionam.
Sei que na minha idade não é visto com bons olhos o facto de se ser crente, seja em que entidade ou religião, e talvez por isso me tenha surpreendido a quantidade de jovens que a meio da semana se afirmam sem medos como seguidores da paz e do amor ao próximo.
É inevitável referir que todos os que lá estavam iam por própria motivação, sem influências.
Todavia a paz e a tranquilidade que paira no ar quando dispensamos aquele tempinho vai-se quando não conseguimos fazer o que a nossa consciência nos dita.
Sei que há uma infinidade de pessoas com problemas bem mais graves que os meus; que felizmente tenho apoio e condições de vida extraordinárias mas mesmo assim não me sinto realizada.
Vivo nesta contrariedade (que dizem fazer parte dos meus 18 anos) mas não consigo afastar-me destes pensamentos derrotistas e ambiciosos...embora não pretenda riqueza monetária, mas sim emocional, espiritual e cultural.
Posso até vir a arrepender-me de publicar estes meus devaneios mas não me é de todo possível continuar a esconder os sentimentos de forma fria e humorística até.
Peço desculpa se contaminei a blogosfera com as minhas ideias desadequadas.
Na tentativa de mudar o amanhã e de conseguir suportar o presente,
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