Um blog também serve para um desabafo.

Um desabafo numa altura de pressão máxima, introspecção e arrependimento.

Três situações que se cruzam agora na minha vida e que me fazem pensar no quão alheada ando de mim e de quem me rodeia. Não me oiço, nem me deixo ouvir...

É talvez esta a definição mais correcta para caracterizar o esquecimento da vida para além do vício de fazer e cumprir planos, a obsessão pelo cumprimento do trabalho e por, acima de tudo, não defraudar as expectativas que têm de mim.

Está a ser um grande desafio sobreviver a estas manias e combater o turbilhão que por aqui vai dentro.

Não sou eu quem fala... quem escreve é o coração, farto de uma mente tão estanque, que não ouve nem vê para além do seu horizonte.

É tão difícil admitir os momentos que perdemos nestas vidas permanentemente (pré)ocupadas; é tão difícil que quando o fazemos já não conseguimos sair do ciclo nem voltar à paz.

Sou sempre uma sombra daquilo que podia ser, com uma nuvem carregada de limitações e obrigações.

É só mais um lamento ...