Estava eu embrenhada nesta questão da visita papal ao nosso país e inconscientemente, a minha posição de católica sobrepôs-se à de designer.
Acho lamentável o aproveitamento da circunstância para uma campanha megalómana de marketing que, não sendo total responsabilidade da comunidade católica, é-nos dirigida de uma forma tremendamente maliciosa.
Advogando a minha perspectiva simples da questão, não considero despropositada a utilização de adereços identificativos de grupos. Critico sim toda a comunicação social e manifestos exacerbados de crítica, seja ela positiva ou negativa com os quais fomos inundados no último mês.
Não seria a publicidade ou os media a impedir a ida ao encontro do Papa e de toda a família cristã católica. Torna-se completamente descabida esta tentativa capitalista dos meios de comunicação de arrastar multidões ou despoletar "espíritos revolucionários agnósticos".
O respeito é a mensagem que a Igreja do século XXI nos deixa; se todos nós respeitarmos, sem ironias e infantilidades as diversas crenças e religiões, o relacionamento entre os Homens atinge o derradeiro nível de Humanidade de que todos precisamos.
Depois de ver o pedacinho final da eucaristia transmitida na televisão senti o verdadeiro espírito de acção e optimismo porque afinal, "quem acredita nunca está só". Fiquei feliz por ver que, apesar de tanto mercado em volta deste acontecimento, a verdadeira força de quem crê continua inabalável.
Ser cristão não é apenas participar em grandes encontros de demonstração de alegria. O caminho faz-se todos os dias por amor.
Atreve-te a viver por amor!
