quinta-feira, 10 de maio de 2012

Depois dos Vinte

Depois dos Vinte percebemos que já passámos duas décadas a estudar e não nos sentimos experientes a fazer o que quer que seja.
Somos levados a pensar que os nossos sonhos são impossíveis e que todas as crises nos impedem de ser realmente independentes.
Damos conta de que a juventude passa depressa demais e já não temos tempo para a gozar em pleno.
Depois de nos licenciarmos percebemos que passámos por experiências inesquecíveis, mas que não mais se repetirão.
Quando, depois dos vinte, se muda de terra ou de universidade, entendemos o quão duro é estranhar um local, as pessoas desconhecidas e, mais do que tudo, a falta dos amigos... amigos que passamos a ver "quando o rei faz anos" ou, por mais duro que nos pareça, amigos que nunca mais veremos.
Quando nos sentimos estranhos na própria casa, quando vemos o mundo passar por cima dos nossos ideais, quando não estamos confortáveis em lado algum, percebemos que é demasiado tarde para emendar, que já não há mais espaço para errar e que, a partir desse momento, não somos nós atrás da vida; é a vida que nos leva.

E ser feliz?
Como é ser feliz na ditadura da vida? Seremos felizes no fim?