sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Há tempos que são assim... a sentir a poeira dos dias. Ouvir


Não consegui passar indiferente às manifestações de tristeza pela partida de uma menina inspiradora. Cheguei à conclusão de que só quando confrontados com a fragilidade somos capazes de perceber aquilo que andamos a fazer de errado. Somos queixosos do sol que não vem, do frio, do tampo da sanita que ficou aberto, de alguém que não nos cumprimentou no supermercado, do sal a mais ou a menos na sopa,...enfim. No fundo, todos temos estes pequenos conflitos e, no momento em que vemos uma família destroçada e uma criança sem culpa que não poderá crescer, sentimos a nossa verdadeira dimensão. Somos pó. 
Somos pouco mais do que qualquer outro animal, presos no ciclo da vida e da morte. O que acontece depois ninguém sabe. Mas, na realidade, temos desperdiçado toda a humanidade a promover atitudes tão mesquinhas que só nos resta, realmente, fazer uma vénia a qualquer criança como esta de que se fala. Elas sofrem as dores, os tratamentos, as tenebrosas horas de choro dos pais, dos familiares e não desanimam. São grandes exemplos e talvez por isso sejam elas a trazer a "boa nova". São corajosas o suficiente para viver o dia-a-dia. Para todas elas que enfrentam uma dura caminhada, a minha vénia e respeito.

#osaprendizesdanono
#malditocancro