domingo, 25 de dezembro de 2011


"O Natal é das crianças!"

Quando me dizem tal coisa só consigo pensar se me estão a falar de prendas ou da alegria com que as crianças podem contagiar o resto da família. Isto sim é um preconceito!

O Natal é uma celebração cristã da natividade, do renascer. Ora, como tal, deve ser uma festa especial para cada pessoa.

Enquanto o Natal se festejava sem presentes ou exageros, o espírito era o que enchia as casas, o que dava ânimo e ajudava a renascer.

Hoje, desde cedo se incute nas crianças uma ideia errada.

Toda a gente celebra o Natal sendo ou não crente, todas as pessoas acreditam nos presentes e nas mesas fartas, todos se esquecem da importância desta época.

Este pode ser um período de renovação e crescimento se olharmos para ele com as melhores intenções, aproveitando para tomar atenção aos que estão ao nosso lado, pensar duas vezes antes de cada palavra, não alimentar expectativas quanto a aos momentos que podemos viver, etc.

Todos os Natais deviam ser vistos como desafios familiares em que todos os membros se envolviam em torno de um bem social/comunitário.

Se o voluntariado nesta altura do ano fizesse reduzir as despesas com o IRS ou aumentássem os subsídios, certamente haveria uma maior taxa de voluntários ocasionais. Talvez não fosse má ideia mas o voluntariado é feito a partir de actos voluntários, sem benefícios materiais e, por si só é um estado de espírito permanente.
O verdadeiro voluntário quer ajudar todo o ano. O verdadeiro voluntário reconhece o espírito do Natal e percebe a sorte que tem em cada prato cheio que é colocado na mesa da consoada.

Enfim, tenho muita pena que este espírito se perca e já nem disfarçado esteja entre a sociedade.
Venham famílias diferentes!